segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Antes e depois do encontro com O divisor entre a Morte e a Vida existêncial.

Olá meus caros,
paz fornecida por Aquele que a dá de um modo contínuo.

Antes de Jesus Cristo encarnado, as muitas referências ritualísticas de união entre o homem e seu Criador funcionavam como uma prisão à liberdade da intimidade vertical. Cristo relembrou esta verdade pronunciada pela manifestação de Deus no profeta Isaías, Is 29:13, quando declarou "... Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está distante de mim" (Mc 7:6). As minúncias dos dogmas religiosos, embora tenham o seu valor cultural, proporcionavam o prejudicial de causar uma espécie de dependência da grande massa sem acesso à cultura eclesiástica aos líderes religiosos de uma dada época. Isto era prejudicial por, no mínimo, dois fatos. Em primeiro lugar, por limitar a ação de relacionamento de um Deus ilimitado a um "punhado" de regras, o que põe pesos e medidas ao prerequisito divino da "fé", essencialmente ilimitado ("De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e se torna galardoador dos que o buscam" (Hb 11:6)). Além disso, essa forma de dependência solidificou um surto generalizado de culpa por não poder se ter uma intimidade fora dos padrões ditos "santos". Cristo censurou os responsáveis por este modelo religioso quando disse: "... Ai de vós também, interpretes da Lei! Porque sobrecarregais os homens com fardos superiores às suas forças, mas vós mesmos nem com um dedo os tocais" (Lc 11:46).
Contudo, porém, a expressão de amor de Deus em Cristo, dentre outras coisas, atraiu o homem a uma intimidade sem a mediação falha humana. Somente Nele é possível o cumprimento da lei, conforme "Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne, isso fez Deus enviando o seu Filho em semelhança de carne pecaminosa e no tocante ao pecado; e , com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito" (Rm 8:2-3). Saímos da condição de "pedras de ruas chutadas por pés" para edificação Naquele que é a pedra angular, como expresso em "Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular" (Ef 2:19-20).
Dentro disto, algumas questões se formulam em nossa estrutura espírito ideológica: Há medidas humanas em nossa intimidade com Deus? Existem julgamentos religiosos contra outras formas de relacionamento diferentes da que estamos acostumados a viver? Em conclusão, se somos vítimas ou vitimizadores, precisamos entender que a liberdade de relacionamento Homem/Deus mirra sob a ação de pesos preconceituosos, porém voa a patmares inimagináveis, dando ao mundo uma referência saudável do amor de Deus, quando sob as asas do respeito às diferenças.
A música no video a seguir chama nossa reflexão para esta questão. Boa meditação.



[Pedras/Leonardo Gonçalves]